Quanto tempo um dependente químico tem que ficar internado? A internação é uma opção de tratamento para dependentes químicos e pode ser um momento decisivo em sua recuperação.
No entanto, surge a dúvida sobre quanto tempo um dependente químico deve ficar internado para ter um tratamento eficaz. A resposta pode variar de pessoa para pessoa, dependendo do nível de dependência, tipo de droga utilizado e de outros fatores que influenciam no processo de recuperação.
Neste texto, iremos explorar os diferentes aspectos envolvidos no tempo de internação para dependentes químicos e como isso pode afetar sua recuperação a longo prazo. Leia conosco e saiba quanto tempo um dependente químico tem que ficar internado, vamos lá!
Quanto tempo um dependente químico tem que ficar internado? 3 situações diferentes!
Afinal, quanto tempo um dependente químico tem que ficar internado? Tudo depende da situação em que o dependente se encontra, e, claro, o tipo de internação que é realizada, ou seja, se é uma internação voluntária (por livre e espontânea vontade), involuntária (contra vontade a pedido de familiares) ou então compulsória (obrigatória por Lei).
Na internação voluntária e também na compulsória, o adicto pode ficar internado por tempo indeterminado. Portanto, isso significa que o mesmo só é liberado quando quiser (internação voluntária) ou então quando está considerado “limpo” do vício pelos médicos (internação compulsória).
O mesmo ocorre para a internação involuntária: o adicto tem que ficar internado pelo tempo necessário até estar completamente limpo do vício, porém, segundo a Lei brasileira, nessa modalidade de internação o limite de tempo é de 90 dias (3 meses).
Porém, caso os médicos e profissionais de saúde que acompanhem o dependente químico internado involuntariamente não atestem sua liberdade do vício, pode-se então estender o período por tempo indeterminado, seja através da internação voluntária ou então da compulsória (alternativa mais usada nestes casos).
O que é a droga K9 e quais são seus efeitos?Qual é o momento correto de internar um dependente químico?
O momento correto de internar um dependente químico é quando ele está enfrentando dificuldades em controlar o uso da substância, apresentando sintomas físicos e psicológicos, assim como problemas de relacionamento e/ou ocupacionais.
Geralmente, a internação é recomendada quando medidas ambulatoriais, como psicoterapia e grupos de apoio, não surtem mais efeito no tratamento da dependência química.
O ideal é que a internação seja feita de forma voluntária, contudo, pode haver casos em que a internação involuntária se torna necessária para proteger a integridade física do dependente químico e de outras pessoas.
Nesse caso, a internação é indicada quando o dependente não compreende a necessidade de tratamento e não apresenta discernimento para buscar ajuda.
Vale ressaltar que a internação é apenas uma parte do tratamento da dependência química e deve ser acompanhada de um processo terapêutico completo, que inclui cuidados com a saúde física e emocional do paciente, além de medidas para reinserção social e profissional.
O apoio da família e amigos também é fundamental para o sucesso do tratamento. Assim, é importante procurar ajuda especializada o mais cedo possível para um tratamento mais eficaz.
Fases de desintoxicação do dependente químico: quais são elas?
Fase 1: Avaliação inicial
A avaliação inicial é o primeiro momento da desintoxicação. Nessa fase, a equipe médica e psicossocial realiza um diagnóstico completo do paciente, avaliando sua saúde física e mental e seu histórico de uso de drogas. Esse diagnóstico é utilizado para definir uma estratégia de tratamento específica para o paciente.
Fase 2: Desintoxicação física
A desintoxicação física é a etapa em que o paciente se livra das substâncias químicas em seu organismo. Essa fase pode ser bastante desafiadora, uma vez que a abstinência de drogas pode provocar sintomas físicos e psicológicos intensos.
Nessa etapa, a equipe médica monitora constantemente o paciente para garantir que ele receba a medicação e os cuidados necessários para minimizar o desconforto físico.
Fase 3: Tratamento psicossocial
Após a desintoxicação física, o paciente passa para uma fase de tratamento psicossocial, em que são trabalhados os aspectos emocionais e comportamentais da dependência química.
Nessa fase, são utilizadas técnicas psicológicas, terapias em grupo e individuais e atividades que visam auxiliar o paciente a desenvolver sua capacidade de lidar com emoções negativas, identificar gatilhos e fortalecer sua motivação em permanecer em recuperação.
Fase 4: Reabilitação e Prevenção de recaídas
A fase de reabilitação e prevenção de recaídas é fundamental para ajudar o paciente a se adaptar a uma vida livre das drogas. Nesse momento, são trabalhadas técnicas para evitar recaídas, como o desenvolvimento de habilidades sociais e o planejamento de um estilo de vida saudável.
Além disso, o paciente é incentivado a participar de grupos de apoio, como Narcóticos Anônimos e Alcoólicos Anônimos, para manter a sua sobriedade a longo prazo.
Quanto tempo leva para desintoxicar um dependente químico?
O tempo necessário para desintoxicar um dependente químico varia de acordo com o tipo de droga consumida, o tempo de uso e o estado de saúde do indivíduo.
Alguns métodos de desintoxicação podem durar dias, enquanto outros tratamentos podem levar semanas ou meses. A desintoxicação é a primeira fase do tratamento de dependentes químicos e envolve a retirada gradativa da substância do organismo, com a redução dos sintomas de abstinência.
Esse processo pode ser realizado de forma ambulatorial ou internada, sempre com a supervisão de um profissional especializado.
É importante salientar que, apesar da desintoxicação ser um processo fundamental para a recuperação do dependente químico, ela não é o suficiente para o tratamento completo da dependência, uma vez que é necessário trabalhar outros aspectos do paciente.
O sucesso no tratamento depende de uma abordagem multidisciplinar, que engloba acompanhamento médico, psicológico, social e suporte da família.
Tratamento para dependência química: 4 principais!
1. Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)
A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) é uma abordagem psicológica que tem se mostrado eficaz no tratamento da dependência química.
A TCC trabalha com a ideia de que os pensamentos e comportamentos podem ser modificados e, consequentemente, afetar as emoções.
Nesse sentido, a terapia ajuda o dependente químico a identificar os pensamentos automáticos que o levam a consumir a substância e promove uma mudança nos padrões de comportamento.
A TCC também auxilia o paciente a lidar com o estresse, a ansiedade e a depressão, que são comuns durante o processo de recuperação. A terapia é realizada com o acompanhamento de um psicólogo especializado e pode ser utilizada em conjunto com outras formas de tratamento, como a internação e a medicação.
2. Terapia individual
A terapia individual é uma das opções de tratamento para dependência química que consiste em sessões de psicoterapia individuais com um profissional especializado.
Durante as sessões, o terapeuta irá trabalhar com o paciente o seus pensamentos e emoções que promovem o uso da substância, além de desenvolver estratégias de enfrentamento para lidar com situações desencadeadoras de uso.
Pode ser realizada em conjunto com outras modalidades de tratamento, tais como grupos de apoio, terapia familiar e psiquiátrica, oferecendo um suporte mais completo na luta contra a dependência.
É uma técnica comprovada cientificamente como eficaz, e o acompanhamento individual pode ajudar o paciente a se conhecer melhor, melhorar sua autoestima, além de trabalhar aspectos da sua vida que o levaram a desenvolver a dependência química.
Assim, é fundamental ter uma equipe de profissionais capacitados para realizarem essas sessões de forma adequada e ajudar o paciente em todo processo terapêutico.
3. Abordagem medicamentosa
A abordagem medicamentosa é uma opção de tratamento para dependência química que consiste na utilização de medicamentos específicos para reduzir os sintomas de abstinência, diminuir o desejo incontrolável pelo uso da droga e reduzir a probabilidade de recaídas.
Existem medicamentos que são indicados para o tratamento de dependência de substâncias como a nicotina, o álcool e opiáceos. O tratamento medicamentoso também pode ser utilizado em combinação com outras terapias, como terapia cognitivo-comportamental e aconselhamento motivacional.
No entanto, é importante lembrar que a abordagem medicamentosa deve ser utilizada apenas sob supervisão médica e integrada a outras formas de tratamento para obter melhores resultados.
Cabe ao médico avaliar a condição do paciente e prescrever o tratamento adequado de acordo com suas necessidades específicas.
4. Terapia de grupo
A terapia de grupo é uma opção de tratamento para dependência química que consiste em sessões de psicoterapia em grupo, lideradas por um profissional habilitado.
Durante as sessões, os pacientes têm a oportunidade de compartilhar suas experiências e emoções com outros membros do grupo, além de receber feedback e suporte do terapeuta. A terapia de grupo pode ajudar os pacientes a desenvolver habilidades sociais, aprimorar a autoestima e aprender estratégias de enfrentamento mais eficazes.
Além disso, a interação com outras pessoas que enfrentam problemas semelhantes pode ajudar a reduzir o sentimento de isolamento e oferecer um senso de comunidade e pertencimento. Até a próxima!